27.2.08

Elogio do voto (in)útil

No encontro Zp vs. Rakhoi, a expectação era a própria dum combate de box entre dois grandes campeões. Simplificadas como são as ideias nos debates, não é nesse encontro baixo os focos que temos de decidir quem ganhou senão mais cedo: é depois de ter claro qual é a nossa equipa que vamos ao estádio com a torcida. Ou, se não for esse o caso, decidiremos mais tarde, quando os jornalistas debatam em programas de TV, quando os politólogos nos digam em que acertou ou errou o candidato zeta ou pê, ou quando vejamos os resultados das pesquisas científicas, que serão avaliadas de jeito muito distinto nos diferentes meios de comunicação... Eu gostaria de fazer um elogio do voto (in)útil, aquele que emitimos polo partido que menos possibilidades tem, para assim demonstrarmos a nossa inconformidade com os mais favorecidos polo público, evitando a abstenção, que poderia ser interpretada de jeito equívoco ou tomada por indiferença, e sem medo de que o candidato por nós elegido entenda que estamos de acordo com ele, sabendo que, em qualquer caso, si assim o faz, não terá consequências.

A lei d’Hont é injusta, favorece aos grandes partidos maioritários. Ademais há injustiças, verdadeiros disparates, que concernem a representatividade das minorias. Estas conseguem resultados díspares e disparatados, disparatadamente díspares em proporção ao número de sufrágios que os cidadãos lhes concedem. Então, IU com milhões de votos que tem conseguido nalgum comício, não chega ao número de deputados de CIU ou do PNV.

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