18.10.07

Viagem a Taramundi













Antes de chegar a Taramundi, passamos pola Pontenova. Aproveitamos para ver os fornos onde se fundia o ferro das minas próximas. Desde aqui enviava-se por caminho-de-ferro a Rivadeo, e dali a Europa.
Partindo de Teixo, perto de Taramundi, começamos a trepada ao alto de Ouroso. O percorrido é de 8 quilómetros. Em Teixo há um albergaria municipal em um edifício das velhas escolas. A caminhada transcorre entre brejos, pinheirais e pastarias. Na vizinhança de uma pequena laguna vivem cativos muitos cavalos semi-selvagens, de quantas cores e pelagens se queira; assusto-me ao ouvir o ruído que vem de entre os pinhais. Depois, com alivio, sinto-os bufar e rinchar. Ao chegar a estrada que vai desde o Couso até o porto da Garganta a paisagem abre-se em uma esplêndida panorâmica que abrange os curutos dos Ancares leoneses, a localidade da Fonsagrada, grande parte da Marinha lucense e a comarca dos Oscos, cujas montanhas são redondas como peitos de mulher. Os nossos amigos asturianos têm uma melhor politica turística. Não há mais que ver as estradas a um lado e outro da raia. As casas tradicionais também estão muito melhor cuidadas, sem aditamentos espectaculares de alumínio e outros materiais alheios ao espírito da região. Os roteiros estão bem sinalizados e na oficina de informação podem encontrar-se brochuras informativas sobre a história e as características da comarca. A volta escutamos Mariza, nova rainha moçambicana do fado e beleza deslumbrante, e também nossa admiradíssima Chabuca Granda, bela peruana que empeçou sua carreira cantando-lhe à Lima do seu pai, a da Alameda e a Ponte de Pau, a das mansões francesas do bairro do Barranco, e terminou-a resgatando os ritmos afro-peruanos do Rimac, menosprezados pola boa sociedade limenha.

No hay comentarios: